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Servidores denunciam larvas em comida de hospital de Joinville, SC

  • Foto do escritor: Jota Júnior
    Jota Júnior
  • 25 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

A Superintendência de Compras e Logística da Secretaria de Estado da Saúde avalia a possibilidade de multar ou rescindir o contrato com a empresa responsável pelas refeições servidas no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, no Norte catarinense. Funcionários da unidade afirmam ter encontrado até larvas na comida, também servida a pacientes e acompanhantes.

"Achamos lesma, mosca, pelos, cabelos", lista a enfermeira Eliane Tavares. "Teve um paciente que recebeu a refeição no quarto e encontrou uma mosca no prato. Já aconteceu de eu abrir um bolo de carne e encontrar bicheira. Na salada, toda vida tem lesma, bichinho andando", relata.

A enfermeira diz ter passado mal no último domingo após consumir os alimentos. Já os pacientes

"só comem para não morrer de fome", diz Eliane. "Um ficou internado um mês e oito dias e perdeu 19 quilos. Parente não pode trazer comida", completa.

"Isso afeta nossos pacientes, muitos ficam com dor abdominal. Funcionários ficam com diarreia, tudo pela relação com a comida", disse o servidor técnico Rodnei Streit.

A servidora do hospital e coordenadora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos em Serviços da Saúde de Joinville e Região (SindSaúde), Enilda Mariano Stolf, diz que muitos servidores têm preferido pagar para comer fora da unidade, apesar de receberem gratuitamente a alimentação no hospital. "Já fizemos várias denúncias. A alimentação servida aos funcionários e pacientes é de péssima qualidade", diz Enilda.

"Fotografei, falei com os superiores. Já foi feito de tudo", conta a enfermeira Eliane. "A gente reclama, eles dão uma tapeada e volta tudo".

"Tentaram melhorar até o ambiente em que a gente come, com ar-condicionado, portas de vidro, mas a comida continuou a mesma", relata o servidor técnico.

Notificações

A assessoria de comunicação do hospital informou já ter feito três notificações à Secretaria de Estado da Saúde sobre a alimentação, fornecida por uma empresa terceirizada. O hospital ressaltou que as refeições são preparadas em outro local e levadas até a unidade de saúde.

Segundo o hospital, houve apenas uma reclamação sobre larva. Outras queixas referem-se ao sabor e ao armazenamento dos alimentos.

A empresa Sepat, que fornece a alimentação do hospital, tem contrato com o governo estadual desde 2014. A vigência é de cinco anos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, porém, a empresa já foi notificada duas vezes, em julho e setembro do ano passado.

"A empresa apresentou uma defesa para a secretaria, que a encaminhou para avaliação do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Neste mês, o Hans Dieter encaminhou um novo relatório sobre o serviço e o caso está na assessoria jurídica da superintendência para um parecer", informou a assessoria de comunicação da secretaria.

A decisão de multar ou rescindir o contrato da empresa, conforme prevê o contrato e o decreto estadual 2617/09, "será tomada nos próximos dias após avaliação do processo", informou a pasta.


 
 
 

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