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Laudo reforça tese de tortura contra menina Laura em SC, diz delegado

  • Foto do escritor: Jota Júnior
    Jota Júnior
  • 20 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

O resultado do exame de corpo de delito feito na menina Laura Beatriz Cardoso, de 3 anos,que morreu no dia 10 de abril, apontou traumatismo craniano como provável causa da morte, informou o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Aquino Gomes. Ele afirmou ao G1 que o laudo "reforça nossa tese inicial de que ela foi torturada antes de morrer".

A menina morreu em Joinville, no Norte do estado, em 10 de abril e a polícia investiga se ela também sofreu violência sexual.

Segundo a Polícia Militar, a suspeita é de que o padrasto tenha espancado a criança em Araquari, também no Norte. Ele foi preso em flagrante, mas negou o crime. O padrasto está preso preventivamente em São Francisco do Sul, no Norte. Em uma das versões, o padrastro afirmou que caiu por cima da menina ao tentar evitar um ataque de cachorro.

O delegado afirmou que o laudo apontou que havia várias lesões por várias partes do corpo da menina. Também disse que "nenhuma das lesões é compatível com ataque de cão", o que desmente a versão do padrasto.

Ainda não há, porém, o resultado do exame para verificar se houve abuso sexual. Pela perícia visual feita pelo médico legista, há indícios de que houve abuso, informou o delegado.

Em fevereiro, Laura quebrou o fêmur e foi internada. A mãe, de 25 anos, e o padrasto, de 20, alegaram que o ferimento foi causado pela queda de uma escada.

Inquérito Atualmente, o delegado ouve testemunhas, vizinhos, parentes, amigos e outras pessoas que conheciam a rotina da família. Depois, o padrasto e à mãe poderão prestar novo depoimento à polícia.

O inquérito deve ser concluído no final da próxima semana. A polícia também espera o resultado de outros laudos e investiga se houve algum tipo de omissão por parte da mãe.

Entenda o caso A guarda do irmão de Laura, de 6 anos, foi entregue provisoriamente à avó paterna, depois de um acordo entre a mãe, o Ministério Público e o conselho tutelar.

Conforme afirmou o delegado Rodrigo Aquino Gomes à RBS TV, na tarde da morte da criança, o padrasto tomava conta da menina, enquanto a mãe trabalhava. A Polícia Militar foi acionada por volta das 17h daquela tarde por funcionários do pronto-atendimento de Araquari. A criança deu entrada na unidade de saúde com vários hematomas pelo corpo, tinha parada cardiorrespiratória e traumatismo craniano. O helicóptero da polícia conduziu a menina para o hospital infantil de Joinville.

Diferentes versões De acordo com a Polícia Militar de Araquari, o padrasto da garota informou no pronto-atendimento que estava de bicicleta com a menina quando foram atacados por um cachorro. Ele afirmou que os dois teriam caído da bicicleta e que um animal mordeu a menina.

"Logo que foi informado de que na verdade era espancamento e não queda, ele mudou a versão e já disse que não havia bicicleta e que estava apenas com a criança no colo quando foi atacado por cachorros", contou o tenente Etiene Barros de Rodrigues à RBS TV de Joinville.

Agressões frequentes Conforme a PM, a mãe da criança, de 25 anos, confirmou a versão do padrasto. "Quando ficou sabendo da gravidade do caso, o padastro fugiu do hospital", disse o tenente.

Algumas testemunhas informaram à PM que as agressões contra a criança eram frequentes. Na casa da família, a polícia encontrou papel higiênico e gazes sujos de sangue.

De acordo com a Central de Polícia de Joinville, o padrasto foi preso em flagrante e conduzido para Araquari. "Foi preso em flagrante porque a criança estava sob a responsabilidade dele a tarde inteira. Então o crime é de maus tratos qualificado pelo resultado de morte", informou o tenente.


 
 
 

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